Colaboradores da empresa despoluíram ecossistemas em São Carlos e Guarujá.
Pelo segundo ano consecutivo, colaboradores da empresa israelense Amdocs juntaram-se a nós pela conservação do meio ambiente. Desta vez o trabalho envolveu também a unidade de São Carlos, no interior do estado de São Paulo.
Nascente do Córrego Tijuco Preto, São Carlos
O Córrego Tijuco Preto, localizado em São Carlos, São Paulo, é um afluente significativo da bacia hidrográfica do Rio Monjolinho. Sua nascente situa-se em uma área que, ao longo das décadas, passou por intensos processos de urbanização, especialmente a partir da década de 1950. Esse crescimento urbano acelerado resultou na ocupação das microbacias do Córrego Tijuco Preto, entre outras, até 1970.
Historicamente, a região da nascente do Córrego Tijuco Preto era caracterizada por vegetação nativa e solos permeáveis, que garantiam a infiltração da água da chuva e a manutenção do fluxo hídrico constante. Com a expansão urbana desordenada, houve a supressão de nascentes e a degradação ambiental, comprometendo a qualidade e a quantidade de água disponível.
A nascente do Córrego Tijuco Preto desempenha um papel ecológico crucial, servindo como habitat para diversas espécies de fauna e flora, além de contribuir para a recarga dos aquíferos e a regulação do microclima local. A preservação dessa nascente é fundamental para garantir a sustentabilidade dos recursos hídricos e a qualidade ambiental da região.
Atualmente, iniciativas de recuperação e preservação das nascentes, como as desenvolvidas por pesquisadores da USP, Unesp e UFSCar, buscam mitigar os impactos causados pela urbanização e promover a conscientização sobre a importância dessas áreas para o equilíbrio ecológico e o bem-estar da população.
Em suma, a nascente do Córrego Tijuco Preto é um patrimônio natural de São Carlos que requer atenção e esforços contínuos para sua conservação, visando assegurar a integridade dos ecossistemas aquáticos e a qualidade de vida das gerações presentes e futuras.

“São Carlos é uma das 645 cidades do estado de São Paulo. Polo tecnológico e berço de startups, além de ter o maior número de pesquisadores com doutorado no país, é carinhosamente chamada de Vale do Silício brasileiro. Nesse cenário high-tech, a sustentabilidade é um aspecto central no modelo de desenvolvimento de negócio do território. Este encontro com os colaboradores da Amdocs foi um sucesso, pois realizamos a retirada de resíduos sólidos da nascente do Córrego Tijuco Preto”, disse Fábio Nunes, diretor de educação ambiental.

Em São Carlos, nos unimos a três colaboradores que ativaram o descanso de tela no computador do escritório por algumas horas e deram um show de dedicação, com a retirada de 1.576 resíduos sólidos da nascente do Córrego Tijuco Preto durante nossa 189ª Ação Voluntária. Confira a lista por tipo de produto:
Frag. plástico filme: 1049
Frag. isopor: 172
Frag. plástico rígido: 108
Frag. vidro: 42
Frag. bexiga: 34
Bituca cigarro: 18
Garrafa PET: 18
Frag. PU: 16
Tampa PET: 15
Eppendorf: 13
Garrafa vidro: 9
Canudo: 7
Frag. borracha: 7
Lata alumínio: 7
Maço cigarro: 7
Madeira processada: 6
Frag. telha: 5
Haste cotonete: 5
Haste pirulito: 5
Chinelo: 3
Isqueiro: 3
Palmilha: 3
Sola tênis: 3
Azulejo porcelanato: 2
Brinquedo: 2
Fio elétrico: 2
Fio nylon: 2
Lata alimentícia: 2
Perfume: 2
Pneu: 2
Apostila escolar: 1
Bola: 1
Cápsula calibre 32: 1
Conector metal: 1
Disjuntor: 1
Sabonete esfoliante: 1
Sandália: 1
Resultado da pesagem
Foram retirados 50,36 kg de resíduos sólidos, sendo 16,78 kg de plástico; 0,6 kg de isopor; 15,11 kg de borracha; 4,45 kg de vidro; 2,12 kg de metal; 6,8 kg de tecido e 4,5 kg de outros materiais.

O Gabriel Yuri Hosaki, desenvolvedor de software, ficou impressionado com esses números, “não tinha noção do quão árduo é o trabalho que o EcoFaxina desempenha. À primeira vista, o córrego parecia limpo, mas conforme coletávamos aparecia lixo em cantinhos escondidos. Uma das minhas surpresas foi o quão fundas eram as "raízes" da poluição. Não foram poucos os resíduos encontrados que simplesmente esfarelavam ao toque. Esquecidos e absorvidos pela terra somente para voltar para nós de outras formas danosas.

Para a analista de sistemas Bianca do Vale Borges, foi um dia especial, “a Amdocs, onde trabalho, fez uma parceria com a ONG EcoFaxina, e eu me voluntariei para participar de uma ação de limpeza. Estivemos no córrego Tijuco Preto, em São Carlos, colocando a mão na massa para ajudar o meio ambiente. Foi emocionante ver como, juntos, podemos transformar o que está ao nosso redor. Voltei para casa com o coração cheio de orgulho e a certeza de que cada pequena atitude conta”.

Plantio de árvores nativas
Com o apoio da prefeitura de São Carlos, que através da Secretaria do Meio Ambiente, forneceu oito mudas de árvores nativas do jardim botânico de São Carlos, realizamos o plantio de três Ipês-amarelos, três ingás-banana, um angico-branco e uma aroeira-verdadeira nas margens do Córrego Tijuco Preto pelos voluntários da Amdocs.
“Finalizamos nosso dia de comunhão com a natureza com o plantio de oito mudas de árvores nativas. Um ato nobre e reconhecido por vizinhos e empresários locais, que nos agradeceram por renovarmos as esperanças na conservação desse hotspot de biodiversidade”, concluiu Fábio Nunes.
Os participantes dedicaram ao momento de plantio um sentimento para cada muda. “A minha foi Esperança. Esperança de que quem passasse pelo córrego tivesse a mesma sensação de encanto que tive ao vê-lo limpo. Esperança de que a existência de pessoas trabalhando pela natureza encoraje outras a lutarem junto e a mudarem seus hábitos ruins. Esperança de um futuro melhor. Agradeço ao convite feito pelo Instituto EcoFaxina à Amdocs. Foi uma experiência que vou levar para vida toda e pretendo repetir”, acrescentou Gabriel Yuri Hosaki.
“É, e sempre será, um prazer ter a oportunidade de trabalhar para ajudar nosso maior cliente, além de contratante, que existe nesse planeta. Ser esse ninguém menos que ela: a Natureza. Respiramos o ar que respiramos por conta Dela, bebemos a água que bebemos por conta Dela, e comemos a comida que comemos, também, por conta dela. Então poder abraçar a oportunidade de ficar mais perto Dela e devolver um pouco desse amor que compartilhamos já faz valer dar essa pausinha do escritório”, declarou Pedro Palombo, desenvolvedor de software.

“Durante a ação, os voluntários removeram uma grande quantidade de resíduos sólidos da nascente, com foco especial nos plásticos, que representam uma das maiores ameaças aos ecossistemas aquáticos, além disso plantaram 8 mudas de árvores nativas para compor a mata ciliar. Ao proteger essa nascente, contribuímos para melhorar a qualidade da água, prevenir enchentes e restaurar o equilíbrio ambiental da região. Alguns moradores e comerciantes nos agradeceram. Isso evidencia como as ações voluntárias são uma importante ferramenta de conscientização e educação ambiental. A sinergia entre tecnologia e sustentabilidade tem um potencial transformador, e a parceria com a Amdocs nos mostra como essa união é necessária para um futuro mais equilibrado e responsável”, declarou William Rodriguez Schepis, diretor-presidente do Instituto EcoFaxina.
Engajar significa o ato de dedicar-se ou lutar por algo com afinco. A Bianca, o Gabriel e o Pedro envolveram-se e mostraram o que é ser um defensor da natureza, assim como os mais de 6.000 voluntários que tivemos a honra de ter conosco ao longo dos anos.
Confira mais fotos na página da 189ª Ação EcoFaxina.
Prainha Branca, Guarujá
E, para fecharmos 2024 com chave de ouro um ano repleto de realizações, nossa última ação de limpeza contemplou a belíssima Prainha Branca, em Guarujá, com os colaboradores do escritório da Amdocs em São Paulo.
A Prainha Branca, localizada no município de Guarujá, litoral de São Paulo, é um dos últimos refúgios naturais preservados da região. Situada dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) Municipal da Serra do Guararu, essa praia de aproximadamente 1 km de extensão se destaca por sua beleza natural, vegetação exuberante e relevância ecológica para a biodiversidade local.
Inserida na Mata Atlântica, um dos biomas mais ricos e ameaçados do mundo, a Prainha Branca abriga uma grande diversidade de fauna e flora. Como parte da Mata Atlântica, a região abriga espécies raras e desempenha um papel fundamental na manutenção da diversidade biológica. A degradação desse ecossistema pode levar à perda de espécies importantes para o equilíbrio ambiental.
A Prainha Branca tem uma história fortemente ligada às comunidades tradicionais caiçaras que habitam a região. Antes da urbanização intensa do litoral paulista, essas comunidades viviam principalmente da pesca artesanal e de atividades extrativistas, sempre em harmonia com o meio ambiente. Até hoje, a vila caiçara presente na Prainha Branca mantém tradições como a pesca e o artesanato, resistindo ao crescimento turístico e ao avanço da urbanização.
O acesso se dá por meio de uma trilha de aproximadamente 20 minutos, atravessando a Serra do Guararu. Esse fator tem contribuído para a preservação do local, pois impede a chegada de grandes fluxos de turistas e veículos, como ocorre em praias de fácil acesso no litoral paulista.
A Prainha Branca sofre impactos da poluição marinha, especialmente plásticos que saem do Sistema Estuarino de Santos - São Vicente e são trazidos pelas correntes de deriva litorânia, além dos resíduos deixados por visitantes. Ações de limpeza e conscientização são fundamentais para mitigar esse problema e evitar danos à fauna marinha, como tartarugas e aves que frequentemente ingerem resíduos plásticos.
Embora protegida pela APA Municipal da Serra do Guararu, a Prainha Branca enfrenta ameaças como o turismo descontrolado, o avanço da especulação imobiliária e a poluição causada por resíduos sólidos. A mobilização da comunidade e parcerias com ONGs ambientais e empresas tem sido essencial para a defesa desse ecossistema.
Iniciativas como ações voluntárias de limpeza e projetos de educação ambiental são fundamentais para sensibilizar a população e garantir que a Prainha Branca continue sendo um santuário ecológico para as futuras gerações.

Dez colaboradores desceram a serra, vestiram o colete, percorreram a trilha até a praia e retiraram 1.927 itens do ecossistema, cobrindo aproximadamente 12 mil metros quadrados de faixa de areia.
onfira a lista do que foi coletado:
Frag. plástico filme: 511
Frag. plástico rígido: 407
Bituca cigarro: 402
Frag. isopor: 178
Canudo: 98
Tampa garrafa PET: 81
Eppendorf: 55
Haste pirulito: 40
Tampa garrafa vidro: 33
Garrafa PET: 14
Copo descartável: 12
Frag. filamento nylon: 11
Lata alumínio: 11
Lacre metal: 9
Haste cotonete: 8
Lacre linguiça: 6
Colher descartável: 5
Frag. corda: 5
Frag. vidro: 5
Garrafa vidro: 5
Espuma: 4
Frag. bexiga: 4
Vela: 4
Brinquedo: 3
Isqueiro: 3
Frag. telha: 2
Emb. Iogurte: 2
Emb. leite fermentado: 2
Batom: 1
Emb. bronzeador: 1
Cano PVC: 1
Bem. desodorante spray: 1
Lápis: 1
Lâmpada incandescente: 1
Solado tênis: 1
“Desta vez, tivemos o desafio da trilha, da chuva e do trânsito. A gente atrasou, e acho que isso impactou a atividade, mas o aprendizado foi o mesmo, continuamos com o objetivo de cada um fazer o seu pouquinho, contando com a expertise do EcoFaxina para continuar o trabalho. Ano que vem, se Deus quiser, faremos de novo em uma praia que seja só atravessar a rua. No ano passado, quando retornamos à empresa, todos sentiram vontade de participar novamente, tanto que a maioria voltou. E, hoje, tive o sentimento de que o pessoal voltará em 2025, mas aí, teremos que facilitar”, disse Aline Nanete, administradora e responsável pela organização do evento junto ao Instituto.

Além de contabilizarem a quantidade de produtos, foi realizada a pesagem por tipo de material, totalizando 8,49 kg, sendo 3,88 kg de plástico; 0,22 kg de isopor; 0,10 kg de borracha; 2,02 kg de vidro; 1,05 kg de metal; 0,86 kg de tecido e 0,36 kg de outros materiais.
Em 2023, sete colaboradoras da empresa participaram conosco de uma ação de limpeza na Praia do Tombo, em Guarujá. A analista de recursos humanos, Juliana Alves Pinho, falou sobre as duas experiências, “a primeira vez foi algo novo, não conhecia o trabalho de vocês, foi algo bem diferenciado poder ver a atuação do Instituto, com muitos detalhes na hora da coleta e da triagem. Participar disso fez toda diferença, pois o pouco que ajudamos é muito no final do dia. E foi maravilhoso no ano passado e, desta vez, foi ainda mais incrível fazer em um local que parecia estar super limpo, mas que sempre encontramos um pouquinho do ser humano que passou ali e deixou um resíduo para ser retirado. A sensação é de mais dever cumprido ainda”.

A Misia Christlieb Meyknecht, líder de recrutamento e seleção, também esteve presente nos dois encontros, “é sempre muito gratificante participar dessa atividade, que nos lembra a importância de sermos responsáveis por nossas atitudes e nos inspira a agir para construir um futuro melhor.”

Já o Gerson Santos, analista de TI, fez um convite para todos aqueles que nunca participaram, “se eu for resumir em poucas palavras: preservação da natureza. O que vimos aqui foi surreal! Eu diria aos que não vieram que venham deixar nossas praias limpas. Querendo ou não, chega a ser triste algumas situações, como o animal ingerir um canudo e perder a vida. É bem difícil mesmo deixar como está. Acredito que se a pessoa vier e participar de uma ação do EcoFaxina, irá se conscientizar mais, ela vai procurar uma lixeira para descartar corretamente o seu resíduo. É o mínimo que se espera”.

“Ao longo da ação, os voluntários, motivados e incansáveis, trabalharam em conjunto para remover uma quantidade significativa de resíduos sólidos da praia, com destaque para muitos objetos e fragmentos de plástico, representam uma das principais ameaças aos ecossistemas aquáticos e à vida marinha. A dedicação e o esforço dos colaboradores da Amdocs demonstraram, mais uma vez, um profundo comprometimento com a causa ambiental e inspiraram moradores da Prainha Branca a seguirem cuidando deste local precioso”, comentou William Schepis, diretor-presidente do Instituto EcoFaxina.
Agradecemos à Aline Nanete, por promover esse encontro pelo segundo ano consecutivo, à Amdocs, empresa que há quatro décadas trabalha com sistemas de software para o mercado telecom, por apoiar o nosso trabalho, à comunidade da Prainha Branca e aos voluntários, pelo emprenho e dedicação para proteger a vida marinha!
Confira mais fotos na página da 190ª Ação EcoFaxina.
Sobre a Amdocs
A Amdocs é uma fornecedora líder de software e serviços para empresas de comunicação e mídia, oferecendo soluções inovadoras, operações inteligentes e expertise em entrega.
No Brasil, a Amdocs está presente desde 1998, com escritórios em São Paulo e um grande campus em São Carlos.
A empresa atua no desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis, atendendo às necessidades específicas de seus clientes no setor de telecomunicações e mídia.
Com uma trajetória de mais de duas décadas no país, a Amdocs Brasil tem se destacado por acelerar a transformação digital dinâmica e contínua do setor, estabelecendo relações comerciais de longo prazo com diversos fornecedores de comunicações e mídia.
Sobre o Instituto EcoFaxina
O Instituto EcoFaxina é uma associação civil sem fins lucrativos, fundada em 2008 na cidade de Santos para combater a poluição marinha e a degradação de ecossistemas aquáticos por meio da elaboração de projetos, desenvolvimento de pesquisas e promoção de políticas públicas, tendo como estratégia a contenção do resíduo sólido flutuante e a recuperação de áreas de preservação permanente, em parceria com o poder público, comunidades de palafitas e setor privado.
O Instituto EcoFaxina inspira pessoas a falarem e agirem pelo Oceano, organizando campanhas e ações voluntárias para a despoluição de áreas naturais que, além de conscientizar a sociedade sobre as principais fontes geradoras de resíduos que impactam o oceano, são uma ferramenta de pesquisa e ciência cidadã que, por meio da sensibilização do trabalho em equipe, propiciam uma nova perspectiva sobre esse problema ambiental para quem participa ou acompanha os trabalhos. Desde sua fundação, o Instituto realizou 188 ações, com o envolvimento de mais de 6.000 voluntários que retiraram 92.899 kg de resíduos sólidos de ecossistemas aquáticos dulcícolas e marinhos.
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